Médico condenado pode deixar faculdade em Taubaté-SP

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Por JOÃO CARLOS DE FARIA
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O médico neurocirurgião Mariano Fiore Junior, um dos três condenados no caso Kalume, julgado e condenado a 17 anos e meio de prisão, no dia 20 de outubro, poderá perder seu lugar no quadro de professores da Universidade de Taubaté (Unitau), no interior de São Paulo. O caso está sendo analisado pela assessoria jurídica da instituição, que pela primeira vez se depara com esse tipo de situação. Por enquanto, segundo informou a assessoria de imprensa da Unitau, o médico continua ministrando as aulas.Fiori, juntamente os colegas Pedro Henrique Torrecillas e Rui Noronha Sacramento foram condenados por um júri popular, que reconheceu a culpa deles, em casos de morte antecipada de quatro pacientes para a retirada de rins. A denúncia foi feita 25 anos atrás, pelo médico Roosevelt de Sá Kalume, então diretor da Faculdade de Medicina de Taubaté. Ele leciona duas disciplinas nos cursos de Direito e Medicina da Unitau, mas estava em licença até o final de outubro, quando retomou as aulas. A instituição não estabeleceu prazo para concluir a análise jurídica do caso.Mariano foi procurado na tarde de hoje em sua clínica, na região central da cidade, onde vem trabalhando normalmente, apesar da condenação, mas ninguém atendeu às chamadas feitas pela reportagem. Segundo Leonardo Máximo, um dos advogados do médico, nem a defesa nem o médico foram informados pela Unitau sobre a questão. O Conselho Regional de Medicina (CRM) inocentou os médicos e mantém seus respectivos registros.

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