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Médico de Michael Jackson é entrevistado pela polícia

Porta-voz de Conrad Murray disse que ele foi ouvido por três horas, mas não é suspeito.

Por BBC Brasil
Atualização:

A polícia de Los Angeles disse neste domingo que realizou uma "extensa entrevista" com o médico do cantor Michael Jackson, Conrad Murray. O médico, que estava com o cantor quando ele ficou inconsciente na quinta-feira e teria desaparecido logo depois, forneceu informações que vão ajudar nas investigações sobre a causa da morte, ainda segundo a polícia. Uma porta-voz de Murray disse que o médico foi entrevistado durante três horas no sábado, mas insistiu que ele não é suspeito no caso. Miranda Sevcik disse que o médico "ajudou a identificar as circunstâncias cercando a morte do ícone do pop e esclarecer algumas inconsistências". "Investigadores disseram que o médico não é de nenhuma forma um suspeito e permanece sendo uma testemunha dessa tragédia", disse ela. Investigações A porta-voz afirmou ainda que Murray "tem sentimentos tão profundos sobre sua relação com Michael Jackson que está fazendo qualquer coisa que puder fazer para ajudar essa investigação a ter uma resolução". Ela afirmou que o médico acompanhou o cantor na ambulância, ficou horas no hospital consolando a família Jackson e permanecerá em Los Angeles para ajudar com as investigações policiais. Murray havia sido contratado por Michael Jackson em maio, para acompanhar as preparações do cantor para enfrentar a maratona de 50 shows planejados para Londres, em julho. Há relatos de que o médico, que tem 51 anos e possui consultórios em Las Vegas e Houston, teria tentado ressuscitar o cantor até que os paramédicos chegassem ao local. Perguntas No sábado, o pastor Jesse Jackson, amigo da família, disse que os parentes do cantor deverão pedir uma autópsia independente para investigar a causa de sua morte. O pastor e ativista do movimento negro americano disse em entrevista à rede americana de TV ABC que a família de Michael Jackson estaria frustrada com a quantidade de perguntas ainda sem resposta em relação à morte do cantor. Para Jesse Jackson, que apesar do sobrenome não tem parentesco com o cantor, a atitude do médico levanta suspeitas. "Quando esse médico veio? O que ele fez? Ele deu uma injeção, e se deu, de que?", questionou. "Sua ausência (do médico) levanta questões substanciais que não vão sumir enquanto não forem respondidas." Segundo ele, a família do cantor tem suspeitas sobre Murray. "E eles têm uma verdadeira razão para ter suspeitas, porque qualquer outro médico diria: 'Isso é o que aconteceu na última hora de sua vida e eu estava lá. Eu dei a ele uma medicação'", afirmou o pastor. Após a autópsia no corpo do cantor, na sexta-feira, investigadores disseram que não há indícios de que a morte de Michael Jackson tenha sido um crime, mas não determinaram qual a causa da morte, dizendo que os exames de toxicologia demorarão semanas para ficar prontos. Um porta-voz dos investigadores disse que o cantor havia tomado "algum medicamento", sem especificar qual. Relatos não confirmados dizem que Michael Jackson, que tinha 50 anos, estava tomando uma dose diária de Demerol, um forte analgésico. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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