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Médicos chegam ao Brasil na próxima semana

Dos 522 inscritos no programa Mais Médicos, 358 são estrangeiros e 164 são brasileiros que fizeram a graduação fora do País

Por Laís Alegretti
Atualização:

BRASÍLIA - A maioria dos 522 médicos formados no exterior e que virão ao Brasil no programa Mais Médicos atuam hoje na Argentina (141), Espanha (100) e Cuba (74). Segundo o cronograma do Ministério da Saúde, que divulgou as informações na manhã desta quarta-feira, 14, esses profissionais chegam ao País entre 23 e 25 de agosto. Depois disso, farão um curso de acolhimento, que contará com aulas de legislação, saúde indígena e doenças tropicais. Dos 522, 358 são estrangeiros e 164 são brasileiros que fizeram a graduação fora do País.O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a passagem para esses profissionais só será emitida após a fase final de validação dos documentos para emissão do visto. Padilha disse ainda que muitos dos que virão de outros países têm experiência em saúde da família. "Isso reforçará a ideia da atenção básica no nosso País", avaliou."Precisamos mudar a mentalidade de que saúde só se faz dentro do hospital. Precisamos reforçar a mentalidade de que a saúde começa onde as pessoas vivem e trabalham, fora do hospital. Temos que parar com a ideia de que atendimento é quando tem tomografia e internação e que médico bom é o que pede um monte de exame", disse.O ministro lembrou ainda que, se o médico participante do programa desistir nos primeiros seis meses, terá que reembolsar os recursos. Se ele for estrangeiro, além de devolver a verba, perderá o direito do continuar no País. Dentre os municípios considerados prioritários pelo Ministério da Saúde, 703 não foram selecionados por nenhum profissional - brasileiro ou estrangeiro - na primeira fase de seleção do programa Mais Médicos. Entre eles, 604 são de extrema pobreza e 97 estão em regiões metropolitanas."São municípios concentrados ainda mais no interior do País, alguns nas regiões metropolitanas, em cidades com concentração de pobreza. Tem maior concentração no Norte e Nordeste, mas também tem nas outras regiões", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo a pasta, a maior parte está nos Estados do Amazonas, da Bahia e do Maranhão. "O diagnóstico principal é que temos número insuficiente de médicos no País para dar conta de todas as carências", disse Padilha.O ministro avalia ainda que mais municípios do interior do País serão contemplados pelo programa. "Mais municípios foram atendidos com a entrada de médicos formados fora do Brasil. Houve sobretudo deslocamento do litoral para o interior do País", disse. Segundo ele, cidades que ficam em região de fronteira, especialmente na Região Sul e no Acre, passaram a ser ocupadas com a entrada de médicos com formação fora do Brasil.

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