
30 de outubro de 2009 | 00h00
Em maio deste ano, a reportagem do Estado acompanhou a missão que atendeu 1.200 pessoas em Nova Olinda do Norte, Tapauá,Apuí e Camutama, no sul e sudeste do Amazonas. Em Camutama, a 619 km de Manaus, a equipe da FAB tomou um susto. Quando o Caravan fez a aproximação e se preparava para pousar, o piloto observou que a pista estava repleta de urubus. A razão era um lixão instalado bem na beira do asfalto. O tenente-aviador Renato Guimarães precisou fazer uma manobra complicada para conseguir pousar. Não havia ninguém esperando pela equipe, apesar de toda a correspondência trocada com a prefeitura.
Na cidade de Tapauá, o piloto do Caravan também enfrentou problemas com urubus. O município não tem depósito de lixo e o material é espalhado ao longo de uma estrada. Há ainda as chuvas repentinas, típicas da região amazônica, que muitas vezes deixam as pistas de pouso alagadas, como aconteceu em Nova Olinda. Pior que isso são as queimadas em que a fumaça encobre o local do pouso. Os pilotos consideram o Caravan ideal para essas missões por causa da versatilidade do avião.
Além da tripulação e dos médicos, os aviões dispõem de espaço para as dezenas de caixas com equipamentos básicos e medicamentos usados no atendimento e entregues à população. Em alguns lugares, a missão é recebida com festa. Foi o que ocorreu em Tapauá. Em 2008, o município registrou 4.300 casos de malária. Mesmo cidades com melhor condição econômica, como Apuí, carecem de estrutura de saúde. Ali, a única ambulância não tinha maca.
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