Menina acorda de coma e poderá depor contra agressor

Haleigh Poutre teria sido espancada pelo padrasto há dois anos.

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Por Da BBC Brasil
Atualização:

Uma jovem americana de 14 anos que foi espancada até entrar em coma, há dois anos, poderá ser a testemunha-chave do julgamento de seu suposto agressor. Haleigh Poutre teria tido "uma recuperação milagrosa" após acordar da condição vegetativa em que ficou durante vários meses, devido a "danos cerebrais irreparáveis" que sofreu com a agressão, afirmou o jornal americano Boston Herald. Ainda de acordo com o jornal, o principal acusado no caso é o padrasto da menina, Jason Strickland. Haleigh Poutre foi adotada em 2001 pelos tios Holli e Jason Strickland e em setembro de 2005 foi levada para o hospital inconsciente. O casal foi acusado de envolvimento no caso logo depois, mas meses mais tarde, a mãe adotiva da jovem foi encontrada morta. Uma semana depois de ser internada, os médicos disseram que Haleigh não sobreviveria e chegaram a cogitar a hipótese de desligar os aparelhos. Na época, o caso casou uma comoção nacional nos Estados Unidos, levantando debates sobre a eutanásia. Desde janeiro de 2006, no entanto, a menina vinha apresentando melhoras e atualmente respira por si mesma e estaria dando informações à polícia sobre a agressão. Reabilitação "Haleigh poderá nos dizer muito em breve o que aconteceu", disse Wendy Murphy, advogado da mãe biológica da menina, em entrevista a uma rádio americana. Murphy disse que a jovem já fala algumas palavras e "poderia depor contra o padastro" no julgamento, marcado para começar no dia 16 de outubro, em Boston, no estado de Massachusetts. Na entrevista, Murphy ainda disse que a menina está freqüentando uma escola hospitalar de reabilitação e estaria até usando um computador. O advogado de defesa, Robert Griffin, disse ao Boston Herald, que o estado mental da menina será "um problema" se a menina for chamada para depor. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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