Metrô de SP afasta funcionário suspeito de fraude

Suspeita é de que houve troca de emails entre empresa vencedora de licitação e engenheiro da companhia

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Por AE
Atualização:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), anunciou que o Metrô afastou um engenheiro suspeito de favorecer uma empresa em licitação para a compra de equipamentos contra incêndio, no ano passado. Serra salientou que a investigação está sendo feita onde há suspeita. "Na verdade, o Metrô descobriu e não fez o pagamento. Tudo está sendo investigado, e os responsáveis serão punidos", disse. Outro funcionário que estaria envolvido pediu demissão em dezembro. A licitação, de R$ 3 milhões, foi suspensa até que o Metrô conclua a investigação, iniciada em 9 de janeiro. O diretor de Assuntos Corporativos da empresa, Sérgio Avelleda, disse ontem que três funcionários viajaram à Espanha a convite da Ezalpha, vencedora da concorrência, e que houve troca de e-mails entre o engenheiro e a empresa. Os e-mails apontariam que ele avisou a empresa sobre a licitação para comprar detectores de fumaça. As suspeitas começaram após denúncia anônima. Avelleda acredita que, se constatado o superfaturamento, os desvios seriam em torno de R$ 80 mil. Os acusados, inclusive o funcionário que se demitiu, deverão devolver o valor aos cofres públicos, de acordo com o Metrô, e a comprovação de irregularidades causará anulação do contrato. De acordo com Avelleda, a suspensão da licitação não causará prejuízos ao funcionamento das estações nem colocará passageiros em risco. A cada mês, o Metrô perde nove extintores de incêndio, furtados de suas 55 estações. Em menor escala, os vândalos também contribuem para os prejuízos: por mês, acionam indevidamente ou quebram os lacres de, em média, quatro extintores. Segundo o gerente de Operações do Metrô, Milton Gioia, ocorrem ainda furtos de mangueiras de hidrantes, embora sejam mais raros por causa do peso. Muitos dos extintores ficam em saídas muito próximas das ruas, facilitando a fuga rápida, afirma Gioia.

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