Metroviários mantêm greve em São Paulo após TRT considerar paralisação abusiva

Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia neste domingo manter a greve por melhores salários, a poucos dias da abertura da Copa do Mundo na capital paulista, de acordo com nota no site do sindicato. A decisão de manter a paralisação, iniciada na quinta-feira passada, foi tomada poucas horas depois de o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ter classificado a greve como abusiva em julgamento. O Sindicato dos Metroviários, segundo a nota, marcou para segunda-feira um Ato Público, às 7h, na estação Ana Rosa, e nova assembleia a partir das 13h. Mai cedo, o TRT da 2ª Região estabeleceu índice de reajuste salarial de 8,7 por cento, percentual que vinha sendo oferecido pelo Metrô, contra proposta de 12,2 por cento do Sindicato dos Metroviários. Ainda cabe recurso desse julgamento ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), informou o TRT. Segundo nota no site do TRT, a greve foi considerada abusiva por unanimidade. "O direito de greve não pode ser balizado em autoritarismo ou no exercício arbitrário de escolhas subjetivas", disse o desembargador Rafael Pugliese, presidente da seção de dissídios coletivos e relator do caso. "Não houve atendimento mínimo à população, gerando grande transtorno, inclusive, no âmbito da segurança pública", acrescentou, de acordo com a nota. A paralisação dos metroviários, iniciada na quinta-feira, provocou transtornos e congestionamentos em São Paulo, com ônibus lotados e confrontos entre polícia e grevistas. Houve registro de incidentes violentos na estação Corinthians-Itaquera, próxima à Arena Corinthians, que na quinta-feira será o palco da abertura da Copa do Mundo com o jogo entre Brasil e Croácia. O TRT decidiu que a multa de 100 mil reais por dia de paralisação continue em vigor, com acréscimo de 500 mil reais diários se os metroviários decidissem neste domingo pela manutenção da paralisação.

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Por Redação
Atualização:

(Por Priscila Jordão e Camila Moreira)

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