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Microsoft e editoras tentam impedir acordo 'catastrófico' entre Google e UE

Para concorrentes, decisão serviria apenas para estabelecer mais firmemente dominância da empresa no mercado de buscas

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Por Redação
Atualização:

A Microsoft e editoras ao redor da Europa atacaram o acordo antitruste do Google com reguladores da União Europeia, o classificando como uma proposta "catastrófica" que serviria apenas para estabelecer mais firmemente sua dominância no mercado de buscas online.

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O comissário europeu para a competição Joaquín Almunia está se preparando para uma decisão sobre o caso após três anos examinando se o Google desfavorece serviços de rivais nos resultados de buscas.

O espanhol de 66 anos, que chegou a um acordo preliminar com a ferramenta de buscas mais popular da Internet em fevereiro, tem cerca de dois meses para anunciar uma decisão final antes de deixar o cargo. Ele disse a 18 demandantes que pretende repelir suas queixas e está agora examinando suas respostas.

O caso se tornou cada vez mais politizado e fontes afirmaram que cerca de um terço dos colegas de Almunia na Comissão se opõem ao acordo. Fontes disseram à Reuters que a UE pode encerrar o caso atual e abrir outro sobre o sistema operacional para dispositivos móveis Android, do Google.

O diretor do site de comparação de preços britânico Foundem, Shivaun Raff, disse que a Comissão não tem evidência de que a oferta do Google de deixar três rivais exibirem logos e links em uma caixa e permitir que provedores de conteúdo decidam qual material o Google pode usar para seus próprios serviços poderiam resolver o impasse competitivo.

"(As propostas do Google) não são um remédio. Elas são um aumento catastrófico do abuso", disse Raff em coletiva de imprensa.

O diretor de legislação competitiva da Microsoft, Jean-Yves Art, disse que a companhia norte-americana de software está particularmente preocupada quanto aos impedimentos contratuais do Google com anunciantes que dificultam que eles troquem para outras plataformas online.

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"A proposta não cura ou elimina todas as restrições que nós e rivais vemos. Ainda há restrições que evitam que elas forneçam uma interoperabilidade", disse na coletiva de imprensa.

Representantes de jornais e editores de revistas na Europa, do site de viagens Expedia e uma série de outros queixosos da Alemanha e da Grã-Bretanha também estavam presentes no evento.

O porta-voz de Almunia Antoine Colombani se recusou a comentar. O porta-voz do Google Al Verney não respondeu imediatamente e-mails e ligações.

(Por Foo Yun Chee)

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