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Militantes islâmicos destroem estátuas de músico e poeta no Iraque

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Por Redação
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Militantes islâmicos sunitas que se apoderaram de porções do norte do Iraque na semana passada destruíram símbolos da herança cultural do país na cidade de Mosul, incluindo estátuas de ícones culturais e o túmulo de um filósofo medieval. Testemunhas disseram que militantes do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) destruíram as estátuas de Othman al-Mousuli, um músico e compositor iraquiano do século 19, e de Abu Tammam, um poeta árabe da era abássida. O túmulo de Ibn al-Athir, um filósofo árabe que viajava com o exército do sultão guerreiro Saladino no século 12, foi profanado depois que o EIIL tomou a cidade. Testemunhas disseram que a cúpula do santuário ficou destroçada e um parque ao redor foi também destruído. O EIIL e outros militantes, cuja estrita interpretação salafista do Islã considera a veneração dos túmulos uma idolatria proibida pela religião, destruíram vários túmulos e mesquitas no interior da Síria e, agora, no vizinho Iraque, onde eles ocuparam vilas e cidades. Os militantes também roubaram cerca de 250 cavalos da casa do governador de Mosul e assumiram o controle de silos de cereais, segundo testemunhas. Elas disseram que alguns dos cavalos que estavam doentes demais para serem levados foram mortos. A televisão estatal, dirigida pelo governo iraquiano, que luta contra o EIIL, informou que os militantes impuseram um imposto sobre os cristãos que ainda vivem na cidade. A Reuters não pôde confirmar de forma independente a informação. A maioria dos cristãos de Mosul fugiu da cidade. (Reportagem de Oliver Holmes)

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