Minério de ferro cai abaixo de US$80/tonelada pela primeira vez em 5 anos

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Por Redação
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O minério de ferro com entrega imediata na China caiu abaixo de 80 dólares por tonelada nesta segunda-feira pela primeira vez em cinco anos, enquanto os contratos futuros do aço e do próprio minério recuaram 4 por cento nas bolsas asiáticas, para mínimas históricas, pressionados por preocupações sobre o excedente de oferta em um momento de crescimento mais lento na demanda do país que é o maior consumidor mundial das duas commodities. Perdas também foram registradas no mercado de petróleo e cobre, com os mercados de matérias-primas na China em baixa em meio a temores de que uma pesquisa a ser divulgada na terça-feira possa trazer novas evidências de uma desaceleração da indústria da segunda maior economia do planeta. Uma oferta abundante já fez os preços do minério de ferro recuarem 40 por cento neste ano. Na sexta-feira eles fecharam a sexta semana consecutiva de perdas. O minério com teor de 62 por cento de ferro, referência para a indústria, caiu 2,3 por cento nesta segunda-feira, para 79,80 dólares por tonelada, menor cotação desde meados de meados de setembro de 2009, segundo o Steel Index. O minério de ferro com vencimento janeiro na bolsa de Dalian, na China, caiu 4 por cento, fechando a 556 iuanes (91 dólares) por tonelada, menor nível desde que a bolsa lançou futuros de minério de ferro em outubro do ano passado. Já o contrato mais negociado do vergalhão de aço na bolsa de Xangai também recuou 4 por cento, para 2.619 iuanes por tonelada, menor patamar para o contrato mais ativo desde o lançamento do produto na bolsa em 2009. "Fundamentalmente, tanto o mercado de minério de ferro quanto o de aço estão abastecidos demais e não vejo nenhuma sustentação para os preços neste momento", disse um operador de minério em Xangai. Em nota a cliente, analistas do Australia and New Zealand Banking Group assinalaram que "siderúrgicas chinesas estão oferecendo a venda de cargas de longo prazo de minério de ferro no mercado à vista, o que exacerbou ainda mais o problema de excedente de oferta no curto prazo". (Por Manolo Serapio Jr.)

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