Ministro britânico condena 'covardia' de líderes da UE por voto em Juncker

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Por Redação
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Dois ministros britânicos condenaram neste sábado a atitude de líderes da União Europeia que expressaram preocupações sobre a nomeação de Jean-Claude Juncker para presidente da Comissão Europeia mas mesmo assim votaram nele em uma conferência em Bruxelas, com um deles chamando-os de covardes pela decisão. Na sexta-feira, 26 líderes apoiaram a candidatura de Juncker, enquanto Cameron e o primeiro ministro da Hungria, Viktor Oban, fizeram oposição à investida. A oposição britânica à Juncker se deve principalmente por temores de que o ex-primeiro ministro de Luxemburgo e veterano mediador de acordos em conferências da UE não fosse ter disposição para reformular a União Europeia. Cameron afirmou que qualquer tentativa de reforma agora seria "mais demorada e mais difícil".  Cameron, cujo Partido Conservador tem entre seus membros pessoas favoráveis à saída do Reino Unido da União Europeia, já prometeu aos eleitores um referendo sobre a saída do bloco até 2017 se ele for reeleito no ano que vem.  No sábado, o Secretário de Saúde britânico, Jeremy Hunt, taxou de covardes os líderes de governo que haviam expressado de maneira privada suas reservas sobre a indicação de Juncker, mas que depois votaram no candidato para o comando da Comissão Europeia, que propõe as leis da UE.  "Como resultado da covardia de outros líderes ontem, que não estavam preparados para dizer em público as coisas que eles disseram reservadamente, eles terão de trabalhar muito mais para convencer o povo britânico de que a agenda de reformas da Europa realmente será de confiança", afirmou Hunt ao canal Sky News.  O Secretário de Defesa, Philip Hammond, também criticou aqueles que segundo ele disseram à Grã-Bretanha que compartilhavam das mesmas preocupações sobre a direção do bloco de 28 membros.  "Esperamos que as pessoas se levantem e afirmem suas posições publicamente", disse ele à Sky. "Eu estou muito decepcionado com todos aqueles que indicaram ter as mesmas preocupações que nós sobre a maneira pela qual a Europa está sendo governada, mas não se levantaram no dia para serem contados".  Juncker será recebido pelo Parlamento Europeu para o voto de confirmação no dia 16 de julho, onde deve receber o apoio das maiorias de centro-esquerda e centro-direita.  (Por Costas Pitas)

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