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Ministro do Esporte desafia e pede provas de acusações à pasta

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA (reuters) - O ministro do Esporte, Orlando Silva, desafiou nesta quarta-feira, que sejam apresentadas provas das acusações de que seria o coordenador de um suposto esquema de desvio de dinheiro da pasta, um dia após o autor da denúncia afirmar que tem como comprovar as acusações.

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"Desafio que sejam apresentadas provas quanto a essa violência infundada", disse o ministro durante audiência pública em comissão do Senado, referindo-se a reportagem da revista Veja que aponta um suposto esquema em que recursos de convênios com organizações não-governamentais, no âmbito do programa Segundo Tempo, seriam desviados para beneficiar o PCdoB, partido de Silva.

O delator do suposto esquema, o policial João Dias Ferreira, teria declarado que o ministro coordenava o esquema. Também sustentou, na terça-feira, ter provas para atestar as afirmações.

Silva voltou a desqualificar Ferreira, a quem se referiu como "delinquente", declarando que o policial e dirigente de ONG responde a processo do ministério em que foi exigida a devolução de recursos públicos. Também considerou as acusações de "ataque grosseiro".

"Prova nenhuma surgirá porque essa acusação é uma farsa. Essa acusação é uma mentira", disse a senadores. "Eu tenho as provas e as provas incriminam o meu acusador."

Assim como disse a deputados em uma audiência pública da Câmara na terça-feira, o ministro listou as medidas que tomou desde que o assunto veio à tona, como o pedido de investigação à Procuradoria Geral da República (PGR) e a abertura de sigilos pessoais.

O ministro lembrou que tem uma agenda de trabalhos para preparar o país para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

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A Esplanada dos Ministérios já sofreu quatro baixas desde o início do governo Dilma Rousseff, por denúncias de irregularidades. Deixaram os cargos de chefia de ministérios Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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