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Ministro e governador de SP anunciam agência contra crime organizado

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Por Redação
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciaram nesta terça-feira a criação de uma agência de atuação integrada das polícias federal e estadual a fim de enfrentar organizações criminosas. Outras ações para combater o aumento da violência no Estado envolvem a transferência de presos, o asfixiamento financeiro dos grupos criminosos, a fiscalização dos pontos de acesso ao Estado, o fortalecimento da perícia e o enfrentamento ao crack. "São medidas corretas, tomadas de comum acordo e terão impacto muito importante no enfrentamento das organizações criminosas", disse Cardozo, após reunião na capital paulista com Alckmin e autoridades da área de segurança. O ministro enfatizou que serão operações integradas "especialmente na área de inteligência". "Não se combate o crime organizado sem um serviço de inteligência eficiente", disse o ministro. Segundo Cardozo, a integração das inteligências permitirá a elaboração de relatórios precisos "para fazer o asfixiamento financeiro das organizações criminosas que estejam atuando no Estado", o que é fundamental para enfraquecer esses grupos, apontou ele. TRANSFERÊNCIA DE PRESOS Outro ponto acordado é a transferência de presos, principalmente os envolvidos nas mortes de policiais militares e agentes penitenciários, para prisões federais. No final da semana passada, o governador paulista aceitou oferta de ajuda federal para combater a violência no Estado, que já matou mais de 80 policiais militares neste ano, após telefonema da presidente Dilma Rousseff. "Essa é uma tarefa que não é fácil. Quanto mais se age, mais reação às vezes tem, mas não é possível retroceder um milímetro", afirmou Alckmin. "Vamos ter forças conjuntas fiscalizando os pontos de acesso ao Estado", acrescentou ele, destacando que vão ocorrer vigilâncias por meios terrestre, aéreo e marítimo. As autoridades descartaram no momento a participação do Exército na segurança em São Paulo, mas disseram que a parceria é ilimitada. A polícia paulista iniciou no dia 29 de outubro operações em favelas para combater o crime e aumentar a sensação de segurança da população. A primeira ação foi realizada na favela de Paraisópolis, na região do Morumbi, na zona sul da capital, de onde teriam partido as primeiras ordens para que policiais militares fossem assassinados. Não foram divulgados valores dos investimentos que serão aportados na segurança em São Paulo. Uma nova reunião, que terá a presença de Cardozo e Alckmin, além dos coordenadores da agência recém-criada, foi marcada para segunda-feira. (Reportagem de Daniela Ades)

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