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Moradores despejam lixo na prefeitura em Várzea Paulista

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

Em protesto contra a falta de coleta na cidade, moradores despejaram toneladas de sacos de lixo na frente do prédio da prefeitura de Várzea Paulista, a 54 km de São Paulo, na noite de terça-feira (25). Eles reclamaram que havia uma semana o lixo não era recolhido da frente das casas em razão de uma greve dos coletores. Muitos sacos apresentavam mau cheiro. Os moradores chegaram a pé, de carro, moto, bicicleta e até de caminhão para depositar o lixo na entrada do prédio, que ficou totalmente bloqueado pela montanha de entulho.O estudante Cleyton Garcia passava pelo local de carro e viu o movimento dos moradores. "Jogaram sacolas de lixo em frente à prefeitura, o mesmo lixo que deixou de ser recolhido. Já faz mais de uma semana que a cidade está sem coleta, deixando ruas e casas abarrotadas de sacos de lixo, causando mau cheiro, atraindo ratos, desagradando a população às vésperas, durante e após o Natal", postou numa rede social. A estudante Célia Andrade contou que o movimento começou com alguns moradores e logo foi engrossando. "Quem passava e via, corria até em casa e voltava com o lixo. Em pleno Natal, a revolta era grande."Na manhã desta quarta-feira, a prefeitura usou funcionários próprios com tratores e pás-carregadeiras para remover o lixo. O material, que encheu três caminhões, foi levado para um aterro sanitário. Após o protesto, a prefeitura informou ter montado um esquema de emergência para a retirada do lixo de frente das casas. Em nota, informou que a paralisação começou apenas na sexta-feira, véspera do feriado prolongado do Natal, o que dificultou a adoção de medidas alternativas. "Hoje (ontem), com o expediente retomado, o governo municipal está organizando um sistema de recolhimento com pessoal e equipamentos próprios."A empresa Gomes Lourenço, responsável pela coleta, informou que está solucionando a questão salarial com os funcionários para normalizar a coleta "o mais breve possível". Em assembleia, os funcionários decidiram manter a paralisação. De acordo com o presidente do sindicato, Roberto Leme, a empresa pagou apenas uma parte dos salários atrasados. Uma reunião estava agendada para a noite na tentativa de uma solução para o impasse.

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