Morre escritor e cartunista Millôr Fernandes no Rio

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Por Redação
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O escritor, cartunista, dramaturgo e jornalista Millôr Fernandes morreu na noite de terça feira, aos 87 anos, vítima de parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos, disseram familiares nesta quarta-feira. O estado de saúde de Millôr havia se agravado no ano passado e ele teve de ser internado ao menos duas vezes, depois de sofrer um acidente vascular cerebral. Segundo a família, Millôr morreu em casa na noite da terça-feira, e o corpo será enterrado na quinta-feira no Rio. "O Mestre foi... Nosso eterno Carinho... Tristes, Agradecemos as postagem dos seguidores do Mestre. Equipe do Saite", dizia uma mensagem na conta do escritor no Twitter. Milton Fernandes nasceu no Rio de Janeiro em 27 de maio de 1924, mas devido à grafia ruim de seu nome na certidão de nascimento ele descobriu apenas na adolescência que havia sido registrado como Millôr. Também há "desacordos na família" sobre a data de seu nascimento, segundo a sua biografia. Alguns alegavam que nasce em 16 de agosto, ao contrário de 27 de maio, como está em sua carteira de identidade. Ele ingressou em 1938 na carreira jornalística trabalhando como repaginador na revista "O Cruzeiro", onde colaborou por muitos anos. Aos 16 anos passou pela revista "Cigarra" e usou o pseudônimo Vão Gôgo. Em 1955, conquistou o 1º lugar no concurso da Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires, na Argentina, junto ao desenhista norte-americano Saul Steinberg. Ao longo de sua carreira, esteve envolvido com teatro, adaptando e criando peças, e se tornou o principal tradutor de obras de William Shakespeare no país. Millôr foi um dos fundadores da revista "O Pasquim", que fazia oposição ao regime militar no Brasil. Ele colaborou e escreveu em vários veículos de comunicação no país, atuando como colunista e cronista. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro e Daniela Ades em São Paulo)

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