Morte de aluno gerou protestos por falta de luz

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Por Felipe Frazão e Paulo Saldaña
Atualização:

A falta de iluminação na Cidade Universitária ganhou notoriedade pública há quase um ano, quando o estudante de Ciências Atuariais Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA).A morte de Felipe completa um ano na sexta-feira da semana que vem, dia 18. Em maio do ano passado, a USP informou que desenvolvia um plano emergencial de segurança. Uma das primeiras medidas do tal plano seria o reforço da iluminação pública - que até agora não saiu do papel. A única modificação para valer na rotina da USP foi a assinatura, em setembro, de um convênio para aumentar a presença da Polícia Militar na universidade. Desde então, a PM faz o patrulhamento do câmpus em parceria com a Guarda Universitária. O desentendimento entre alunos e o efetivo policial chegou a gerar uma invasão na Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais e ao prédio da Reitoria, além de uma greve estudantil.Depois do assassinato do aluno, a comunidade da USP organizou uma série de protestos.Em novembro, a Passeata das Lanternas reuniu cerca de 500 alunos com bexigas brancas, lanternas e velas acesas nas mãos. A frase de protesto do grupo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo era: "PM não, iluminação!". A sensação de insegurança, segundo eles, estava e permanece diretamente ligada ao breu completo nos bolsões de estacionamento, praças e bosques internos da universidade.

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