PUBLICIDADE

Morte de Silva Telles enluta cidadania, diz OAB

Por João Domingos
Atualização:

A morte de Goffredo da Silva Telles Jr., aos 94 anos, enluta não apenas a advocacia, mas a cidadania brasileira, afirmou em nota o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto. Segundo Britto, Goffredo foi um cidadão no sentido pleno da palavra. "Como poucos, soube colocar a serviço do bem comum os seus conhecimentos, formando gerações de profissionais do direito. Trabalhador exemplar, exerceu seu ofício mesmo quando já fazia jus ao ócio com dignidade da aposentadoria."Ainda conforme a nota da OAB, foram mais de 60 anos de dedicação ao ensino, pontuados por vigilante atuação na vida pública, quando as circunstâncias o exigiram. "Foi deputado-constituinte em 1946 e, em 1977, divulgou a célebre Carta aos Brasileiros, em que denunciava os desmandos do regime militar e postulava a imediata redemocratização do país."Para a OAB, aquele foi um dos momentos mais altos da resistência democrática, que deflagrou a adesão de setores da classe média e da intelectualidade brasileira ao restabelecimento do Estado Democrático de Direito. "(Goffredo) encarnou, naquele momento histórico, a consciência crítica do Brasil", diz a nota. "A OAB, que tantas vezes o homenageou, lamenta a sua perda e vê em sua biografia um exemplo a ser seguido pelos homens públicos do país."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.