
26 de junho de 2012 | 03h03
"Ele estava em bom estado de saúde. Na sexta-feira, comeu normalmente", lamentou o biólogo, que conheceu a tartaruga quando era criança e cuidou dela por 20 anos.
"Foi um animal especial, de comportamento complexo. Quando Fausto Llerena (o cuidador) chegava, ele se aproximava, como se viesse cumprimentá-lo. Nunca aceitou outro macho em seu local", lembrou Tapia.
Estima-se que Jorge, que vivia em um centro de criação de tartarugas na Ilha Santa Cruz, tinha mais de 100 anos - os biólogos creem que uma tartaruga-gigante pode viver até 180 anos. "Só poderemos saber quanto elas vivem quando morrerem as primeiras tartarugas que nasceram em cativeiro, em 1970", disse Tapia.
Com a morte de Jorge, extingue-se de vez a espécie Geochelone abigdoni, que já estava biologicamente extinta porque não haviam mais fêmeas para reproduzir. "É a extinção total de uma espécie a mais no planeta e uma mensagem aos seres humanos de que não ser responsáveis pelas nossas ações podem levar a consequências fatais." / AFP
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