MP acusa PCC de planejar seqüestro

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Por Redação
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O Ministério Público Estadual denunciou ontem oito acusados de participar de um plano de seqüestro de parentes de diretores de presídios do oeste paulista para libertar criminosos do Primeiro Comando da Capital da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a P2. A principal prova do MPE são três cartas em que dois detentos ordenaram os seqüestros a uma quadrilha. A Secretaria da Administração Penitenciária suspeita que entre os presos que seriam trocados pelos reféns estava o líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, detido na P2. As cartas foram apreendidas pela polícia em Presidente Epitácio no início do mês, quando seis membros da quadrilha foram presos, com armas pesadas. As instruções tinham sido enviadas da P2 pelos seqüestradores Márcio Henrique Evaristo e Marcos Antônio da Silva, condenados a mais de 350 anos de prisão. Nas cartas, eles mandavam os comparsas seqüestrarem parentes do coordenador dos presídios do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, e dois diretores da penitenciária. Nas cartas havia instruções claras para matar os parentes dos diretores se os presidiários não fossem soltos. Os textos mencionam apenas Evaristo e Silva como os beneficiados numa possível troca por reféns. Mas a secretaria suspeita que Marcola também estivesse entre os detentos a serem libertados por causa do controle que o líder exerce sobre os integrantes da facção na P2. Denúncia O MPE denunciou, no fórum de Presidente Epitácio, os oito acusados pelos crimes de porte ilegal de armas de uso restrito das Forças Armadas, formação de quadrilha e tentativa de seqüestro. ?As cartas contêm uma explanação do plano criminoso de seqüestrar autoridades da administração penitenciária e seus familiares para servir como moeda de troca?, afirmou um membro do MPE. Segundo ele, Evaristo e Silva tinham informações sobre a rotina e os hábitos das possíveis vítimas.

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