27 de janeiro de 2014 | 18h09
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga membros do PCC na região de Campinas, interceptou conversas telefônicas entre criminosos e chegou ao suposto plano. Na casa de um dos presos foi encontrada uma lista com os nomes das 12 vítimas das chacinas.
A operação foi deflagrada pela manhã em Campinas e Paulínia. A ação ocorreu no mesmo dia que a Corregedoria da PM apresentou à Polícia Civil o segundo acusado de ter matado o policial militar Arides Luís dos Santos, de 44 anos, na tarde do dia 12, horas antes dos assassinatos em série.
É um menor de 17 anos que estava escondido em casa de parentes na Bahia. Na quinta-feira, 23, Gullit Fernandes de Oliveira, de 22 anos, outro autor do assassinato do PM, foi preso em Minas Gerais, na divisa com a Bahia. Eles balearam o policial na cabeça, quando tentaram roubá-lo em um posto. Santos tentou desarmar Oliveira, que disparou a arma.
O crime aconteceu horas antes do início dos 12 assassinatos, com características de execução, em cinco pontos distintos da região do Ouro Verde, em um prazo de 4 horas.
A força-tarefa da Civil identificou os dois assaltantes, depois de divulgar imagens do posto que mostram o momento do crime. "O crime do latrocínio está completamente resolvido", afirmou o delegado do Departamento de Polícia Judiciária do Interior de Campinas (Deinter-2), Licurgo Nunes Costa.
Nesta segunda, policiais civis foram até um córrego de Campinas para tentar localizar a arma usada pelos dois assaltantes no assassinato do PM. A principal linha de investigação da força-tarefa é de que policiais militares realizaram as chacinas em retaliação à morte do policial.
"Estamos trabalhando com o depoimento do acusado que é próximo do local. Ele disse que jogou a arma e estamos buscando", afirmou o delegado.
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