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MP em SP denuncia cinco à Justiça por fraude no Enem

Por Fabio Mazzitelli
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo ofereceu denúncia à 10ª Vara Federal Criminal pelos crimes de peculato (furto praticado por servidor público), corrupção passiva (exigir vantagem indevida) e violação de sigilo funcional contra cinco suspeitos de envolvimento no furto, no vazamento e na tentativa de venda da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em outubro. A prova foi remarcada e realizada no sábado e ontem em todo o País. Para o MPF, são responsáveis pelos crimes três funcionários da empresa Cetro -, integrante do consórcio responsável na época pela aplicação do Enem -, Felipe Pradella, Marcelo Sena Freitas e Filipe Ribeiro Barbosa, e dois intermediários do grupo, Gregory Camillo Oliveira Craid e o empresário Luciano Rodrigues. Cada um é acusado por dois crimes de peculato, já que houve dois furtos na gráfica. Felipe Pradella também é acusado do crime de extorsão, pois pediu R$ 10 mil a uma jornalista do O Estado de S. Paulo "para não lhe fazer mal", após a repórter publicar detalhes do encontro e da produção da reportagem no seu blog. Depois de o jornal constatar o vazamento das provas e avisar o Ministério da Educação (MEC), o exame foi cancelado. A denúncia é assinada pelos procuradores da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo e Kleber Marcel Uemura. A Justiça agora vai decidir, nos próximos dias, se acolhe a denúncia contra os cinco acusados. Se isso ocorrer, eles se tornam réus em processo.

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