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MP-RJ denuncia 9 milicianos por formação de quadrilha

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Francisco Cesar Silva de Oliveira, conhecido como "Chico Bala" e outros oito integrantes da milícia liderada por ele, foram denunciados por crime de formação quadrilha ontem pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/RJ). O MP-RJ requereu, ainda, a transferência dos "chefes" da milícia para presídio federal de segurança máxima e expediu mandados de prisão preventiva contra os integrantes do bando, que foram presos ontem, em parceria com a 35ª Delegacia de Polícia (Campo Grande), entre eles Anderson da Conceição Severo. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados.Além do chefe da quadrilha, conhecida como "Comando Chico Bala", a denúncia destaca a participação, nas ações criminosas, dos ex-policiais militares Herbert Canijo da Silva e Alexander da Silva Monteiro. O primeiro é acusado de ser um dos principais matadores da milícia, enquanto o segundo seria responsável, segundo a denúncia, por assassinatos e pela supervisão e, não raro, pela própria execução das atividades de extorsão.A milícia é acusada de desenvolver em várias localidades da zona oeste do Rio, principalmente nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e adjacências, a extorsão de comerciantes (como proprietários de depósitos de gás e de água mineral), a título de "taxa de segurança". Sob pena de serem impedidos de circular ou de terem seus veículos até mesmo incendiados, motoristas das vans, cobradores e cooperativados do transporte alternativo eram forçados a pagar "diárias" ou "taxa de incêndio".Além dos três líderes do bando, atualmente presos, foram denunciados os milicianos Rafael Sampaio Rosa Paes, André Luis da Silva Monteiro, Wellington de Moraes da Silva, atualmente preso, Roberto Ferreira e Luiz Claudio da Silva. A denúncia ressalta que, para enfraquecer a milícia rival, alcunhada "Liga da Justiça", a cúpula do "Comando Chico Bala" passou a auxiliar a Polícia Civil no desmantelamento da organização criminosa concorrente, atuando como informante e, mesmo, participando de operações de campo.

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