PUBLICIDADE

MPE oferece denúncia contra atropelador de ciclista

Por RICARDO CARVALHO
Atualização:

O Ministério Público do Estado de São Paulo ofereceu, no final da tarde da quinta-feira (21), acusação formal à Justiça contra o estudante de psicologia Alex Siwek, 21 anos. Por volta das 6 horas da manhã do dia 10 de março, um domingo, Siwek atropelou o operador de rapel David Santos Sousa, que conduzia uma bicicleta na Avenida Paulista, decepando-lhe o braço direito.De acordo com a denúncia, de autoria da promotora Maria Beatriz Goi Porto Alves, Siwek assumiu o risco de matar o ciclista "diante da forma tresloucada que conduzia seu automóvel (sob influência de álcool, em alta velocidade, ziguezagueando, ingressando em pista fechada ao tráfego de veículos e destinada à ciclovia)". Portanto, a promotoria denunciou o estudante por tentativa de homicídio com dolo eventual.Além do mais, a promotora Maria Beatriz destacou que Siwek se evadiu do local e omitiu socorro a Sousa, "deixando a vítima largada na via pública, demonstrando total ausência de compaixão e piedade". Alex Siwek foi denunciado ao Juízo do I Tribunal do Júri da Capital.DefesaEm entrevista na quarta-feira (20), Pablo Naves Testoni, advogado de Alex Siwek, disse entender que seu cliente deve responder por lesão corporal na condução de veículo automotor. "Não existe como sustentar que uma pessoa que supostamente dirigiu embriagada assume o risco de matar alguém quando não houve o óbito".Também na quinta-feira (21), a Justiça concedeu liminar em habeas corpus e determinou a soltura do atropelador, que estava preso preventivamente em unidade prisional no interior do Estado. Ele deixou a Penitenciária de Tremembé na noite da quinta-feira (21).O casoPor volta das 6 horas da manhã do dia 10 de março, Siwek, que voltava com um amigo de uma boate no Itaim, atropelou o operador de rapel David Santos Sousa. Testemunhas relataram que Siwek conduzia em ziguezague e em alta velocidade. Com o impacto, o braço de Sousa foi amputado e caiu dentro do carro de Siwek. Em seguida, o estudante dirigiu até a Rua Ricardo Jafet, onde jogou o braço de Sousa em um córrego. Depois ele se apresentou à polícia. O operador de rapel foi levado ao Hospital das Clínicas, onde permanece até hoje. Ele não corre risco de vida.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.