MPF atua para dar segurança ao Geoparque de Araripe

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Por LAURIBERTO BRAGA
Atualização:

Único geoparque da América Latina e integrante da Rede Global de Geoparques com reconhecimento da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o Geoparque Araripe, localizado entre seis cidades do Cariri cearense, está em situação precária. É a constatação do Ministério Público Federal, que instaurou um procedimento administrativo para reverter a atual situação.O procurador da República no Ceará, Rafael Rayol, que instaurou o procedimento administrativo, destaca que "todos os geossítios do Geoparque Araripe estão sem infraestrutura" para o recebimento de visitantes. "Inexiste segurança, tanto para o patrimônio cultural ali exposto quanto para os visitantes", continua. Ele afirma em seu despacho que "qualquer um pode adentrar nos geossítios e subtrair ou danificar o que bem entender". Também cita a falta de "guias para atender a população e promover a função essencial do geoparque, de fomentar a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável na região". Geoparque é uma marca atribuída pela Unesco a uma área com excepcionalidades geológicas que devem ser protegidas e aproveitadas como elementos indutores de educação ambiental e desenvolvimento sustentável. "Um geoparque deve gerar atividade econômica, notadamente pelo turismo, e envolver um número de sítios geológicos de importância científica, raridade ou beleza", informa a Unesco. O Geoparque Araripe abrange uma área de 3,8 mil km² entre Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. O geoparque contém a principal jazida de fósseis cretáceos do Brasil e a maior concentração de vestígios de pterossauros do mundo. Tem 20 ordens diferentes de insetos fossilizados, com idade entre 70 milhões e 120 milhões de anos. A administração do geoparque informou que está tomando as providências exigidas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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