
10 de agosto de 2012 | 10h13
O procurador da República no Ceará, Rafael Rayol, que instaurou o procedimento administrativo, destaca que "todos os geossítios do Geoparque Araripe estão sem infraestrutura" para o recebimento de visitantes. "Inexiste segurança, tanto para o patrimônio cultural ali exposto quanto para os visitantes", continua.
Ele afirma em seu despacho que "qualquer um pode adentrar nos geossítios e subtrair ou danificar o que bem entender". Também cita a falta de "guias para atender a população e promover a função essencial do geoparque, de fomentar a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável na região".
Geoparque é uma marca atribuída pela Unesco a uma área com excepcionalidades geológicas que devem ser protegidas e aproveitadas como elementos indutores de educação ambiental e desenvolvimento sustentável. "Um geoparque deve gerar atividade econômica, notadamente pelo turismo, e envolver um número de sítios geológicos de importância científica, raridade ou beleza", informa a Unesco.
O Geoparque Araripe abrange uma área de 3,8 mil km² entre Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri. O geoparque contém a principal jazida de fósseis cretáceos do Brasil e a maior concentração de vestígios de pterossauros do mundo. Tem 20 ordens diferentes de insetos fossilizados, com idade entre 70 milhões e 120 milhões de anos. A administração do geoparque informou que está tomando as providências exigidas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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