MPT apura jornada excessiva em hospital de Campinas

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Por Ricardo Brandt
Atualização:

O Ministério Público do Trabalho fiscalizou na manhã desta segunda-feira o centro radiológico que funciona no Hospital Vera Cruz, em Campinas, interior de São Paulo, onde três pessoas morreram após fazerem exame de ressonância magnética no crânio uma semana atrás. Catarina Von Zuben, a procuradora-chefe em Campinas, esteve no local com uma equipe do Ministério Público para a fiscalização.Segundo ela, os fiscais vão averiguar se há jornada de trabalho excessiva e as condições de trabalho, principalmente referentes ao dia 28, quando os três pacientes morreram. A procuradora afirmou que há uma preocupação quanto aos funcionários, que estão prestando depoimentos e podem estar esgotados e vulneráveis.A Polícia Civil e uma equipe multidisciplinar de saúde investigam as causas da morte. As suspeitas são que as pessoas tenham sido intoxicadas por uma substância química que foi injetada durante a aplicação do contraste (produto utilizado nos exames para melhorar a qualidade das imagens e do diagnóstico). As vítimas, dois homens e uma mulher, tinham entre 25 e 39 anos, não tinham problemas de saúde e morreram após uma reação do organismo a alguma substância ainda não identificada que resultou em uma parada cardiorrespiratória.As expectativas são de que os primeiros resultados conclusivos dos corpos das vítimas e do material apreendido no hospital saiam nesta semana. Uma das linhas de investigação da polícia recai sobre os funcionários do centro, considerando possível falha humana ou até ato intencional, durante os procedimentos.

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