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MST decide manter ocupação no Incra de Porto Alegre

Por Elder Ogliari
Atualização:

Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocuparam ontem o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Porto Alegre voltaram hoje a manifestar a disposição de permanecer no local até que o governo federal anuncie, publicamente, quando e onde assentará as mil famílias que esperavam receber um lote de terra até abril deste ano. "Nós queremos saber quando a promessa será cumprida e queremos que a sociedade também saiba para poder entender a nossa luta e também cobrar resultados", justificou uma das coordenadoras do MST no Estado, Inês Rodrigues. O grupo, formado por cerca de 600 sem-terra, instalou-se nos corredores de seis dos oito andares do prédio. "Esperaremos por soluções aqui porque somos despejados de terrenos cedidos, agredidos pela Brigada Militar em nossas manifestações e não temos para onde ir", afirmou. Por um acordo firmado em novembro, o Incra comprometeu-se a assentar mil famílias no Rio Grande do Sul até abril deste ano. O atraso foi justificado pelo superintendente do órgão, Mozar Dietrich, pela dificuldade de desapropriar e comprar terras no Estado. O Incra espera conseguir cumprir a promessa até setembro.

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