
13 de maio de 2014 | 21h44
Segundo Natalia Szermeta, que pertence à coordenação do MTST, a conversa com a presidente na semana passada "foi uma surpresa, mas ainda não foi satisfatória. "O que foi apresentado não teve nada de concreto e por isso a jornada continua com intensidade", afirmou. Na ocasião, Dilma conseguiu evitar que o movimento protestasse durante sua visita a Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo.
Naquele dia pela manhã, o MTST invadiu prédios de três construtoras responsáveis pela construção de estádios do torneio, mas decidiu encerrar as ações após a promessa de ser recebido por Dilma. Após a conversa, de acordo com a assessoria da Presidência, ficou acertado que a demanda do grupo seria encaminhada ao Ministério das Cidades, que tentaria atender aos pedidos e encaixá-los no programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Mobilização
A expectativa do MTST é reunir cerca de 8 mil pessoas em diversos atos espalhados pela capital paulista na próxima quinta-feira. "Nossa previsão é de fazer ações pela manhã, com o travamento de pelo menos seis avenidas. Sabemos quais serão, mas ainda não estamos divulgando", afirmou.
O principal objetivo dos protestos, de acordo com o movimento, é chamar atenção para as reivindicações de moradia e reforma urbana. De acordo com MTST, também haverá manifestações em outras cidades como Brasília, Rio e Palmas. Curitiba e Belém também podem ter ações organizadas pela Frente Resistência Urbana, uma articulação nacional de movimento populares da qual o MTST faz parte.
Outras manifestações também estão previstas em parceria com comitês populares da Copa. Em São Paulo, o "Dia internacional de lutas contra a Copa" está sendo organizado pelo Comitê Popular da Copa. Cerca de 3,5 mil pessoas confirmaram, na página do evento no Facebook, a presença na manifestação que partirá às 17 da Praça do Ciclista, na região da Avenida Paulista, em direção ao Estádio do Pacaembu. (Colaborou Laura Maia de Castro)
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