"ATO COVARDE"
O imã Hussain Assim, da Mesquita Central de Manchester, disse que foi um "ato covarde e criminoso de brutalidade chocante, por um grupo que não representa o Islã de forma alguma".
O comboio de ajuda de Henning estava levando suprimentos para um hospital no noroeste da Síria em dezembro passado, quando foi parado por homens armados.
Temores por sua segurança aumentaram depois que o parlamento britânico votou no mês passado uma autorização para o envolvimento britânico em ataques aéreos contra Estado Islâmico no Iraque.
No vídeo do YouTube, Henning parece estar lendo um roteiro antes de ser morto. "Por causa da decisão do nosso parlamento de atacar o Estado Islâmico, eu, como membro do público britânico, pagarei agora o preço por essa decisão", disse ele.
Líderes muçulmanos da Grã-Bretanha, no passado, foram acusados de serem relutantes em confrontar publicamente o extremismo islâmico.
O caso de Henning, porém, provocou uma imediata resposta conjunta.
No mês passado, uma carta assinada por mais de 100 imãs e líderes muçulmanos britânicos disse que as ameaças a Henning não tinham justificativa no Islã. "Isso não é Jihad (Guerra Santa) -- é uma guerra contra toda a humanidade", dizia.
A esposa de Henning Barbara e seus dois filhos adolescentes disseram que estavam devastados pela perda de um homem que se preocupava com o bem-estar dos outros. "Ele será lembrado por isso e nós, como uma família, somos extremamente orgulhosos dele e do que ele conseguiu", disseram em um comunicado.
Na sexta-feira, o pai do jornalista John Nouvel, outro britânico detido pelo Estado Islâmico, apelou pela libertação de seu filho.
Em Bruxelas, o Serviço de Ação Externa da União Europeia disse que a UE estava "empenhada em contribuir para a luta contra todos os grupos terroristas que põem em perigo a estabilidade regional e global", e não pouparia esforços para garantir que "seja colocado um fim a esta campanha terrorista atroz e que todos os culpados sejam responsabilizados".
(Por Stephen Addison)