Mudanças no cérebro apontam para comportamento suicida

Pessoas que cometem suicídio mostram mudanças específicas no cérebro, que não dependem de qualquer outro problema mental

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Por Agencia Estado
Atualização:

Aumenta o número de evidências indicando que o comportamento suicida é um problema em si, e não uma mera conseqüência de outros distúrbios psicológicos, dizem pesquisadores do cérebro humano. Pessoas que cometem suicídio mostram mudanças específicas no cérebro, que não dependem de qualquer outro problema mental, de acordo com estudos apresentados na reunião anual da Sociedade de neurociências realizada na cidade de Atlanta (EUA). Essas conclusões poderiam levar à criação de testes para avaliar o risco de suicídio. Os cientistas envolvidos nessas pesquisas especulam ainda que suas descobertas podem indicar por que alguns pacientes que tomam antidepressivos do tipo inibidores seletivos da recaptação de serotonina têm uma chance maior de cometer suicídio. "Existe a presunção de que as pessoas ficam deprimidas, deprimidas, deprimidas... e então acabam com tudo", disse o psiquiatra Miharn Bakalian, de acordo com o serviço noticioso news@nature. "Mas isso não se sustenta nos estudos psiquiátricos ou bioquímicos". Em um estudo apresentado durante o congresso em Atlanta, Bakalian descobriu que vítimas de suicídio têm uma densidade menor de receptores de serotonina na amídala, região do cérebro envolvida no controle de emoções, como a agressão. O psiquiatra sugere que o suicídio pode ser causado por uma falha no controle da agressão - no caso, voltada contra a própria pessoa.

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