Mulheres são maioria no Executivo suíço pela 1ª vez

Parlamento elegeu a social-democrata Simonetta Sommaruga para o cargo de ministra no Conselho Federal, agora com 4 mulheres entre 7 membros.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

O Parlamento da Suíça elegeu nesta quarta-feira a social-democrata Simonetta Sommaruga para o cargo de ministra no Conselho Federal, dando às mulheres a maioria no maior órgão executivo do país pela primeira vez na história. A escolha de Sommaruga, que toma posse em outubro, é um marco histórico em um país no qual as mulheres somente ganharam direito a voto no nível federal em 1971. Sommaruga, de 50 anos, entra no lugar do ministro Moritz Leuenberger, de Transportes, Comunicação e Energia, que renunciou. Além da nova ministra, o Conselho tem outras três mulheres, de um total de sete. O Conselho Federal funciona como um gabinete coletivo de governo, no qual cada integrante é responsável por uma pasta específica. Os ministros são eleitos pelo Parlamento para mandatos de quatro anos. Além de Sommaruga, o parlamento elegeu Johann Schneider-Ammann, do Partido Liberal-Radical, como novo ministro. As mulheres adquiriram direito a voto na Suíça em 1959, mas somente em nível regional. Apenas em 1971 elas puderam votar no âmbito federal. O último cantão (equivalente suíço aos Estados) a adotar o voto feminino foi Appenzell Innerrhoden, em 1990. Desigualdade A correspondente da BBC na Suíça Imogen Foulkes afirma que o país ainda tem muitos caminhos a percorrer em termos de igualdade entre os sexos A primeira ministra de governo foi eleita em 1984, mas desde então apenas seis mulheres chegaram a postos ministeriais. Segundo a correspondente, as suíças têm uma média salarial muito inferior aos homens, o governo gasta menos de um terço do recomendado pela Unicef com auxílio-creche e, em termos de licença-maternidade, a Suíça é um dos países europeus com menos benefícios. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.