Município dará reforço escolar a todos os alunos

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Por AE
Atualização:

A partir do ano que vem, todos os estudantes da rede municipal de São Paulo terão reforço escolar de português e matemática, dentro do programa Ler e Escrever, que inclui ainda um segundo professor assistente em sala de aula. Criado há dois anos com enfoque nos alunos do primeiro ciclo de alfabetização, a partir de agora o projeto se estenderá para matemática e abrangerá até o 4º ano do ensino fundamental. De acordo com o secretário Municipal de Educação, Alexandre Schneider, os bons resultados do programa e um diagnóstico feito por especialistas da secretaria mostraram a necessidade de reforço principalmente na área de resolução de problemas, dentro do que é ensinado em matemática. ?No Ler e Escrever, o professor recebe um material próprio para ser seguido, o que facilita o ensino?, explica. O programa Ler e Escrever foi lançado pelo ex-prefeito José Serra (PSDB) e funciona com alunos de faculdades de Pedagogia e Letras, que recebem R$ 400 por 20 horas semanais. Para eles, a participação no programa conta como estágio. Quando assumiu o governo do Estado, Serra também implementou o programa nas escolas estaduais. Currículo Outra novidade que será implementada na rede já no primeiro semestre do ano que vem é um guia para professores com currículo mínimo - referência que, de acordo com os Parâmetros Nacionais Curriculares toda rede deveria ter feito desde a Lei de Diretrizes e Bases, mas que praticamente nenhuma até então tinha elaborado. ?Não vamos impor ou modificar o trabalho do professor em sala de aula, ele continua com sua liberdade pedagógica, para escolher seu método de ensino. O que estamos fazendo é uniformizar o conteúdo?, explica Regina Lico Suzuki, diretora pedagógica da secretaria. Ou seja, pela primeira vez, os estudantes de todas as escolas da rede terão definidos o que deve ser ensinado em cada ano, em cada disciplina. Até então, cada professor, baseado no livro didático, fazia como achava melhor. E não eram raros casos de alunos do mesmo ano que, precisando mudar de bairro e de escola, acabam caindo numa classe onde estava sendo ensinado outro conteúdo. O material também será entregue para os pais, para que possam saber e acompanhar o que seus filhos estão aprendendo na escola. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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