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Não há relação entre casos de aids e carnaval, diz tese

Por Clarissa Thomé e RIO
Atualização:

Os testes para detecção da aids e os índices de infecção por HIV não aumentam depois do carnaval, apesar do senso comum de que nesse período as pessoas fazem mais sexo sem proteção.O ginecologista e obstetra Christóvão Damião Júnior analisou 64,5 mil exames realizados de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, no Laboratório Central de Saúde Pública Miguelote Viana, em Niterói, no Grande Rio. Não encontrou nenhum padrão.Identificou que houve redução no número de testes e resultados positivos nos meses de fevereiro. O trabalho, tese de mestrado defendida ontem na Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta para a importância de campanhas preventivas ao longo do ano. A média de testes feitos em fevereiro ficou em 749,8 exames - a mais baixa em comparação com os outros meses do ano. A média de positivos mês a mês teve resultado aleatório. "Queríamos saber se haveria repercussão das campanhas nos testes sorológicos após essas datas festivas e isso não ficou demonstrado", afirmou o médico, que também analisou o número de bebês nascidos em novembro. "Não houve aumento da natalidade nem de abortos. Quem faz sexo sem proteção no carnaval tem esse comportamento ao longo do ano." Procurado, o diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, afirmou que não haveria como financiar campanhas de tevê ao longo do ano.

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