Apesar da estiagem prolongada, não há risco de falta d''água na região metropolitana do Rio, afirmou nesta sexta-feira o engenheiro e professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Jerson Kelman, que foi diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) entre 2001 e 2004. A avaliação é corroborada por técnicos da área ambiental do governo do Estado ouvidos pela reportagem, apesar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter comentado ontem, em entrevista ao jornal O Globo, o possível risco de problemas no abastecimento se a estiagem persistir nos próximos 30 dias.
O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, alegou que Pezão referia-se a regiões abastecidas por mananciais locais como Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul, onde a distribuição está reduzida. Segundo Victer, trata-se de um "fenômeno comum" que acontece em períodos de estiagem nesses locais. A avaliação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é que não há risco para a região metropolitana e que o abastecimento está reduzido em alguns pontos, como o noroeste fluminense, mas mesmo lá a situação estaria "longe de ser crítica" como a de São Paulo.