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Nayara diz que Lindemberg a convenceu a voltar

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

A estudante Nayara Rodrigues declarou que o acusado de assassinar Eloá Pimentel, Lindemberg Alves, a convenceu a retornar ao apartamento onde foi mantida refém com a amiga. Ela fez a afirmação durante audiência de hoje no Fórum Criminal de Santo André, na Grande São Paulo. Mantida em cárcere privado no apartamento da amiga, Nayara foi liberada pelo jovem na terça-feira, 14 de outubro, mas voltou ao local dois dias depois. Segundo a assessora do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), a testemunha contou que Lindemberg disse que se ela entrasse novamente no apartamento, libertaria Eloá e sairia com as duas do local de mãos dadas. Nayara foi ouvida pelo juiz José Carlos Carvalho Neto, do Júri de Execuções Criminais, por uma hora e meia. Segundo o depoimento da estudante, quando ela entrou no apartamento, Lindemberg apontava uma arma para a cabeça de Eloá e questionava por que Nayara havia prestado depoimento à polícia após ter sido libertada. No dia do crime, 17 de outubro, Nayara disse que ela e a amiga estavam deitadas na sala, quando percebeu que Lindemberg colocou uma mesa atrás da porta de entrada do apartamento. Ela escutou um estampido, que não soube identificar se era uma bomba ou um disparo. A porta caiu e segundos depois ela ouviu efetivamente um tiro, quando teve o rosto baleado. Policiais a resgataram e, quando, olhou para o lado, viu a amiga ensanguentada. Eloá levou um tiro na cabeça e morreu no hospital. Prestam depoimento na audiência de hoje cinco testemunhas de acusação e outras 13 de defesa. Depois, o juiz vai interrogar Lindemberg Alves e pode decidir se ele vai ou não a júri popular. O jovem responde por homicídio duplamente qualificado - por motivo torpe e com impossibilidade de defesa da vítima -, tentativa de homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo.

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