Nem salão de beleza escapa de arrastão em SP

PUBLICIDADE

Por Camilla Haddad
Atualização:

Uma clínica de estética na Alameda Jurupis, em Moema, zona sul de São Paulo, sofreu um arrastão na tarde de terça-feira e clientes que faziam unha, depilação e tratamento facial tiveram suas bolsas roubadas. Por volta das 16h30, dois homens armados com uma pistola levaram objetos de oito clientes e da proprietária do salão. No momento do assalto, mais três funcionárias atendiam as clientes. O bando fugiu do local no Kia Soul da dona do estabelecimento.Na quarta-feira, André Marcos da Cunha Martins, de 20 anos, e um adolescente de 17 foram presos suspeitos de fazer o arrastão. Eles circulavam pela região da Avenida Yervant Kissajikia, na Vila Joaniza, zona sul, com o carro roubado no dia anterior, quando desobedeceram ordem de parada de policiais militares. Houve perseguição por cinco minutos. Ao render os suspeitos, os PMs encontraram no porta-malas bolsas e aparelhos eletrônicos, como iPads e iPhones. O soldado Maurizio Perin, das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta (Rocam), do 22.º Batalhão, contou que os acusados alegaram que as bolsas eram de suas mães. Ao identificar o veículo, o PM entrou em contato com a dona da clínica e, enquanto efetuavam o flagrante, enviou a foto dos dois suspeitos por mensagem. Eles foram reconhecidos imediatamente. Perin disse também que os dois detidos já têm passagem por roubo. De acordo com o soldado, é comum bandidos venderem os pertences das vítimas em regiões carentes e por preços bem abaixo do mercado. "Eles iriam abrir o porta-malas aqui na região (da Vila Joaniza) e, com certeza, cada um desses iPhones seria comercializado por R$ 400 a R$ 500." Perin afirmou que a dupla foi audaciosa ao escolher os itens. "Os celulares das manicures eles nem quiseram, porque não eram smartphones." A dona do salão contou que abriu o estabelecimento há seis meses. É a primeira vez que ela é assaltada e disse que agora está muito assustada. "Não vou reforçar a segurança nem mudar de endereço. Agora, o que vou fazer é trancar a porta."No 27.º Distrito Policial (Campo Belo), onde o caso foi registrado como roubo, o Boletim de Ocorrência (BO) registrava um prejuízo de R$ 69 mil, entre dinheiro, objetos e eletroeletrônicos. "Uma das vítimas tinha R$ 1 mil na carteira", revelou Perin. Na Alameda Jurupis, comerciantes comentaram que roubos e furtos de veículos são comuns na via. "Vira e mexe, vejo carro parado com vidros quebrados", contou o dono de um sebo. A gerente de um bar perto do local do crime conta que muitas lojas, por precaução, contrataram seguranças para ficar nas portas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.