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No futuro, agregar valor e exportar

Por Niza Souza
Atualização:

Para o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, o desafio das cooperativas é exportar e produzir produtos acabados. Um exemplo de como a cooperativa pode ajudar o produtor a agregar valor são os trabalhos das cooperativas cafeeiras. A maioria vende o café já beneficiado (descascado), o que aumenta o poder de negociação. A Cooperativa dos Cafeicultores da Média Sorocabana de Cândido Mota (Coopermota), formada na década de 50, é um exemplo. Foi criada para dar suporte na compra de insumos e na comercialização. ''Naquela época, não havia o mínimo de beneficiamento. Do jeito que colhia o café, o produtor mandava para o Porto de Santos'', conta.Foi então que um grupo de produtores resolveu formar a cooperativa. Dois anos depois compraram uma máquina para beneficiar o café, conseguindo um preço melhor pelo grão. Hoje, a Coopermota abriga 1.800 cooperados, incluindo produtores de soja, milho e cana. Para os produtores de grãos, além dos técnicos e venda de insumos mais baratos, o principal apoio da Coopermota é a armazenagem, diz o agrônomo José Roberto Gonçalves Massud. A cooperativa tem capacidade para armazenar 125 mil toneladas de grãos. Para manter o funcionamento da cooperativa, não são cobradas mensalidade, mas taxas de uso dos serviços. O produtor de soja Guerino Padovani, cooperado desde 1976, decidiu se juntar à cooperativa justamente para guardar a produção e vendê-la no momento em que a cotação estiver melhor. ''Eu decido que dia vender'', diz ele. ''Antigamente, vendia para indústrias da região, mas era arriscado não receber. Com a cooperativa nunca tive problemas. Durmo sossegado'', afirma.

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