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No PA, 300 madeireiros cercam ativistas do Greenpeace

Por CARLOS MENDES
Atualização:

Madeireiros de Castelo dos Sonhos, no sudoeste do Pará, estão em conflito desde ontem com oito ativistas do movimento ambientalista Greenpeace. Cerca de 300 madeireiros e empregados de serrarias da região cercaram a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) da cidade, onde os ambientalistas se refugiaram. Eles impediram o transporte de uma tora de castanheira com 13 metros de comprimento até São Paulo e Rio de Janeiro, onde ela faria parte de uma exposição sobre aquecimento global. O transporte da árvore havia sido autorizado pelo Ibama. Mas ontem, o próprio órgão cassou a autorização, alegando que a medida busca não agravar o conflito em Castelo dos Sonhos, onde fiscais estão realizando uma operação contra o desmatamento. O Greenpeace acusa o Ibama de ceder à pressão dos madeireiros porque antes de revogar a autorização, o órgão entendia que a exposição seria um trabalho com finalidade cultural e educativa, importante para proteger a Amazônia. Mas, para o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, a presença do Greenpeace na base do órgão em Castelo dos Sonhos "põe em risco o bom andamento dos trabalhos que o Instituto desenvolve na região e até a segurança da equipe de fiscais". Doze homens do Exército e seis policiais civis e militares cercaram o local para impedir a invasão dos madeireiros.

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