
31 de janeiro de 2010 | 00h00
Quando foi criado, há 15 anos, o crematório do Cemitério do Caju tinha média de uma ocorrência por dia, segundo Zarur. O número aumentou, mas ainda é considerado baixo. "Em nenhum Estado cresce a demanda por crematórios hoje. Uma tradição demora muito para mudar. O nosso crematório passou anos dando prejuízo."
Acredita-se que a diferença na realidade das cidades do Rio e de São Paulo provavelmente se deva ao fato de a população carioca ser muito menor (6 milhões contra 11 milhões). No Rio, há somente um crematório, no cemitério do Caju.
A cremação, que custa em média R$ 800, é muito mais cara do que o sepultamento (o popular pode ser feito por R$ 135). Os preços são tabelados pela Coordenadoria de Controle de Cemitérios e Serviços Funerários da prefeitura, vinculada à Secretaria Municipal de Obras.
Segundo a coordenadoria, em 2000 foram realizadas 825 cremações (uma média de 2,3 por dia); em 2008, 2.760 (7,6 por dia). Até há a possibilidade de criação de um terceiro forno crematório na cidade (no Caju são dois), mas a iniciativa ainda está em fase de análise de projeto.
A Santa Casa é uma entidade sem fins lucrativos criada ainda no século 16 com o objetivo de atender a população carente, oferecendo serviço médico e funerário. "Se o cemitério estivesse lotado, significaria que há corpos insepultos e isso não acontece no Rio", explicou seu provedor.
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