No Rio, Biblioteca Nacional sofre com falta de espaço

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Cerca de 40 mil livros que fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional, no Rio, não podem ser consultados. Não que sejam obras raras e mereçam ser poupadas do manuseio para evitar deterioração, mas porque os volumes não podem ser localizados por falta de espaço para armazená-los nas prateleiras. A situação promete melhorar no fim do ano, quando a primeira etapa da Hemeroteca Nacional estará concluída. Hemeroteca é o nome que se dá ao arquivo de jornais, revistas e publicações em série. No México e na Venezuela há dessas ?bibliotecas? exclusivas para os periódicos. Aqui, por causa da Lei do Depósito Legal, tudo o que é publicado tem pelo menos uma cópia na Biblioteca Nacional. Inclusive jornais, revistas e outros periódicos - até mesmo boletins sindicais. Mensalmente, chegam cerca de 2,5 mil livros e 4 mil exemplares de periódicos. Jornais e revistas já ocupam 17 quilômetros de prateleiras, em seis andares, no armazém da biblioteca. E nem sequer estão bem instalados. A clarabóia deixa entrar a luminosidade nociva à preservação do papel e não há como garantir as condições ideais de temperatura e umidade do ar. ?Esse é um prédio tombado e temos de lidar com as limitações impostas. Não podemos fazer uma grande intervenção?, explica o arquiteto da Biblioteca Nacional, Luiz Antonio Lopes de Souza. Para preservar os periódicos e abrir lugar para os livros, planejou-se a Hemeroteca Nacional. Ficará num prédio no cais do porto, erguido em 1946. A construção pertenceu ao Ministério da Agricultura e era usada para armazenar expurgo de grãos. São quatro andares, cada um com 3 mil metros quadrados. ?É um edifício planejado para receber peso, como nós precisávamos?, diz Carla. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.