
12 de junho de 2012 | 10h31
Apesar do olhar globalizado do primeiro dia, a semana de moda paulistana - que vai apresentar até sábado as tendências da primavera e do verão 2013- está muito influenciada pela cultura do Norte e do Nordeste do País.
No térreo da Bienal, em vez de uma exposição de moda internacional - como ocorreu na edição passada -, fotos de Várzea Queimada, no coração do semiárido do Piauí, ocupam o local. Lá, o arquiteto Marcelo Rosenbaum coordenou um projeto de desenvolvimento social baseado no design. Alguns objetos produzidos pela comunidade estão à venda na Bienal - entre eles, um cesto usado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) para fazer graça.
A cultura regional estará também por todo o calendário. Hoje, o estilista Ronaldo Fraga - que pulou a edição passada - apresenta a coleção intitulada Turista Aprendiz na Terra do Grão-Pará, que valoriza a fauna e a flora da região amazônica.
Pará
Ele transforma a passarela em uma vitrine de acessórios feitos pela Cooperativa de Biojoias de Tucumã, no Pará. São anéis, pulseiras e colares de sementes de açaí, jupati (palmeira), morototó (árvore popularmente conhecida como mandioqueiro), entre outras. "Mais do que um colar, cada peça produzida pela cooperativa traz um desejo de transformação", diz Fraga.
As roupas acompanham o estilo dos acessórios. Têm cores fortes e vivas, caso de uma estampa com fundo azul e pássaros vermelhos, elaborada pelo estilista.
A paraense Helô Rocha, que desfila pela primeira vez na SPFW, no sábado, também promete mostrar na passarela um pouco de sua terra natal nas peças que produziu para sua marca, a Teça.
Bahia
No mesmo dia, a estilista Fernanda Yamamoto apresentará uma coleção de lingerie inspirada na baiana Ivete Sangalo - ninguém confirma se a cantora vai aparecer como convidada ou modelo para o desfile.
Já a Cavalera se inspirou no punk de Salvador. "Não vou fazer um desfile com cores muito fortes, como esperam. Elas já cansaram", diz Alberto Hiar, dono da grife. Um dia antes, na sexta-feira, estreia na passarela o baiano Vitorino Campo, que faz roupas de festa e ainda é pouco conhecido em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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