Novo braço artificial obedece diretamente ao cérebro

Médicos descrevem Jesse Sullivan como o primeiro paciente amputado a contar com um braço artificial controlado pelo pensamento

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Por Agencia Estado
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Jesse Sullivan tem dois braços artificiais, mas é capaz de subir uma escada e pintar a casa. Ele também é um hábil jardineiro, e já dominou uma tarefa muito mais delicada: abraçar os netos. Os movimentos são suaves e coordenados porque seu braço esquerdo é um dispositivo biônico, controlado pelo cérebro: Sullivan pensa, "feche a mão", e sinais elétricos, transmitidos por nervos desviados cirurgicamente, obedecem. Médicos descrevem Sullivan como o primeiro paciente amputado a contar com um braço artificial controlado pelo pensamento. Nesta quinta-feira, em Washington, ele se reuniu com Claudia Mitchell, a primeira mulher biônica - que conta com um braço artificial também controlado por pensamentos. Os braços de Sullivan e Mitchell são parte de uma iniciativa do governo americano para refinar membros artificiais que conectam a mente ao corpo. Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) financiaram a pesquisa, à qual se uniu, recentemente, o serviço de pesquisa e desenvolvimento das Forças Armadas, o Darpa. Cerca de 411 soldados americanos sofreram amputações em virtude de ações militares no Iraque, e 37, no Afeganistão, se acordo com o Comando Médico do Exército. "Estamos entusiasmados em trabalhar com os militares", disse o criador dos braços biônicos de Sullivan e Mitchell, Todd Kuiken. Os braços biônicos controlados pelo cérebro são um avanço sobre as próteses típicas, como a que Sullivan ainda tem no braço direito, com um gancho na ponta e que opera em movimentos seqüenciais. Não há descontinuidade perceptível nos movimentos do braço esquerdo de Sullivan. "Não é tão delicado quanto um braço normal, mas funciona muito melhor que uma prótese normal", diz Kuiken.

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