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Novo suspeito assume crime contra estudantes no PR

Por Evandro Fadel
Atualização:

Um homem preso na semana passada no litoral paranaense, sob acusação de roubo a uma residência e estupro, pode ter criado uma reviravolta na investigação sobre a morte do estudante Osíris Del Corso e agressão contra sua namorada, Monik Pegorari de Lima, no dia 31 de janeiro, no Morro do Boi, município de Matinhos. Segundo o Ministério Público (MP), ele confessou que praticou o crime contra os dois jovens. Com o suspeito, foram encontradas duas armas, uma delas identificada pela perícia como a utilizada para matar Del Corso e ferir Monik. Até agora os crimes eram imputados a Juarez Pereira Pinto, de 42 anos, que está preso desde o dia 17 de fevereiro. As investigações da Polícia Civil do Estado levaram à denúncia feita pelo MP e aceita pela Justiça, que já realizou audiências para ouvir as testemunhas. Os advogados do preso, que alega inocência, anunciaram que vão reforçar o pedido para que seja emitido alvará de soltura. Segundo o advogado Mário Lúcio Monteiro Filho, a confissão e a prova da arma reforçam o pedido. "De volta à Delegacia de Polícia, (o novo suspeito) confessou a autoria delitiva do crime em apreço para a autoridade policial", dizem as promotoras de Matinhos, Carolina Dias Aidar e Fernanda Maria Motta Ribas, em comunicado ao Judiciário. Elas pediram que ele fosse ouvido pelo MP. "As declarações são contraditórias com a prova colhida até agora nos autos, em especial com as palavras da vítima, denotando que a confissão não encontra amparo no presente processo", afirmam. Por isso, elas pediram à Justiça que sejam realizados exames no suspeito preso na semana passada, que seja feita nova reconstituição do crime e que ele seja submetido a reconhecimento por parte de Monik, de 23 anos.Segundo o delegado, o suspeito alegou que o objetivo era assaltar o casal e disse que não houve abuso sexual. Ao relatar o inquérito, Moura foi taxativo em afirmar a culpa de Juarez Pereira, que está preso. "A polícia entendeu que as provas existentes eram suficientes, assim como entenderam o Ministério Público e o Judiciário", afirmou. "A polícia e nem eu admitimos erro. Se um erro aconteceu é resultante da conjuntura probatória forte, com reconhecimento pessoal feito pela polícia e pela vítima."

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