NSA instalou software em computadores sem conexão com a Internet, diz jornal

Segundo New York Times, tecnologia está em uso desde pelo menos 2008 e atingiu redes militares russas e chinesas

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Por Redação
Atualização:

(Atualizada às 15h)

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WASHINGTON - A Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) usou uma tecnologia secreta para invadir e implantar um software em computadores que não estavam conectados à Internet, informou o jornal

New York Times

na terça-feira 14, citando autoridades americanas, especialistas em computação e documentos vazados pelo ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden.

Segundo o jornal, a tecnologia está em uso desde pelo menos 2008 e utiliza um canal secreto de ondas de rádio transmitidas de minúsculas placas de circuito e cartões USB secretamente inseridos nos computadores. "A tecnologia de frequência de rádio ajudou a resolver um dos maiores problemas enfrentados pelas agências de inteligência americanas por anos: entrar em computadores que adversários, e alguns parceiros dos EUA, tentavam tornar impermeáveis à espionagem ou ataques cibernéticos", informou o Times.

"Na maioria dos casos, o hardware de frequência de rádio precisa ser fisicamente instalado por um espião, uma fabricante ou um usuário sem intenção", acrescentou. Alvos frequentes do programa, conhecido como Quantum, incluíam unidades militares da China, que é acusada por Washington de conduzir ataques digitais contra militares e empresas dos EUA, segundo o jornal.

O software, implantado em quase 100 mil computadores, permite que a agência realize operações de vigilância nesses equipamentos e pode servir de caminho para ataques cibernéticos, diz o Times. Na maioria dos casos, o programa foi implantado por meio de acesso a redes de computadores.

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De acordo com o jornal, o programa também conseguiu plantar o software em redes militares da Rússia, em sistemas utilizados pela polícia e os cartéis de drogas do México, instituições de comércio da União Europeia e em aliados como Arábia Saudita, Índia e Paquistão./ REUTERS

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