20 de julho de 2012 | 03h12
Acho impressionante o otimismo utópico de certas pessoas. No sábado à noite, fui ao Reserva Cultural conferir 'Na Estrada', que estreou um dia antes. Comprei pela internet, para não ficar de fora. Na bilheteria, porém, vi duas mulheres ainda tentando conseguir ingresso. A apenas 15 minutos do horário do filme, elas achavam um absurdo só ter sobrado dois lugares horríveis no canto da primeira fileira. E insistiam que a atendente vendesse os lugares reservados para deficientes. Vou dar um desconto, pois eram de fora de São Paulo e talvez não soubessem que aqui sempre haverá milhões de pessoas pensando em fazer o mesmo programinha descontraído que você. O saguão estava bem movimentado. Na porta da sala 1, uma multidão aguardava a saída dos espectadores da sessão anterior para entrar correndo. Não seria desnecessário, já que todos tinham lugares marcados? Só depois entendi o motivo. Tem sempre um esperto sentado onde bem entende, como se o dono da poltrona não fosse se importar. Um funcionário precisou intervir para recolocar um casal da minha fila. Poderiam ter passado o fim de semana sem esse mico.
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