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Obama e Hillary promovem primeiro comício juntos

Ex-rivais no Partido Democrata aparecerão lado a lado em evento de campanha nesta sexta-feira

Por Bruno Accorsi
Atualização:

O senador Barack Obama e a senadora Hillary Clinton farão nesta sexta-feira, 27, seu primeiro evento público conjunto desde o fim da disputa das primárias democratas para a Presidência dos Estados Unidos, em um comício a ser realizado na cidade de Unity, no Estado de New Hampshire. Veja também: Obama doa US$ 2,3 mil para Hillary e pede mais doações Obama lidera pesquisas em quatro Estados decisivos Obama x McCain  Conheça a trajetória dos candidatos Cobertura completa das eleições nos EUA  A escolha do local para o comício é cercada de simbolismo - a começar pelo nome da pequena cidade, que significa ''unidade''. Acrescente-se a isso o fato de que os dois ex-rivais terminaram a disputa empatados em Unity, tendo conquistado 107 votos cada um. A primária de New Hampshire, realizada em janeiro, foi vencida por Hillary. A senadora suspendeu a sua campanha no início deste mês e anunciou publicamente seu apoio a Obama. Seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, também anunciou seu apoio ao senador nesta semana. Os dois democratas travaram uma acirrada disputada, de mais de 15 meses, na qual chegaram a trocar pesadas acusações e despertaram temores de que o partido poderia se desgastar e chegar rachado às urnas, na eleição geral, em novembro . Na quinta-feira, Obama e Hillary participaram de um evento fechado ao público, em Washington DC, que contou com a presença de diversos correligionários da senadora, em Washington DC. No encontro, discutiu-se formas de auxiliar a senadora a aplacar algumas das dívidas de sua campanha, que ultrapassam US$ 20 milhões. Obama já se comprometeu a ajudá-la a levantar pelo menos US$ 10 milhões. Na reunião de Washington, a chefe do comitê de Finanças de Obama, Penny Pritzker, chegou a fazer um cheque de US$ 4.600 para ajudar a reduzir a dívida de Hillary. A senadora apresentou Obama, chamando-o de ''meu amigo'' e acrescentou que os democratas terão ''muito trabalho pela frente, não apenas até a eleição, mas até depois dela, para garantir que esta eleição traga benefícios para todo os país''. O senador, por sua vez, louvou o ''extraordinário serviço público'' prestado por Hillary e disse que irá ''precisar tê-la a meu lado, fazendo campanha''. Obama chegou a contar que até mesmo a sua avó fez elogios à senadora. Ele contou que conversou com ela constantemente durante a temporada de primárias e que obviamente ''ela estava torcendo por seu neto''. Mas acrescentou que ela costumava reclamar que as pessoas não estavam sendo justas com Hillary. Ela teria dito: ''Quando eu vejo o instinto dela em seguir lutando em nome daqueles que precisam de uma defensora, ela me lembra um pouco de mim mesma''. Obama concluiu dizendo que já pediu a alguns dos principais doadores de sua campanha para ''abrir seus talões de cheques e garantir à senadora que é preciso dar um jeito na dívida que aí está''. O comentário mereceu os mais calorosos aplausos da noite. McCain na América Latina Enquanto os outrora rivais democratas selavam de vez a paz, o senador e provável candidato republicano à presidência, John McCain anunciava uma viagem para a América Latina. McCain chegará a Cartagena, na Colômbia no próximo dia 1º de julho de lá, seguirá, dois dias depois, para a Cidade do México. O republicano vem procurando frisar suas distinções com Obama, ao elogiar o Nafta (o acordo de livre comércio firmado ente Estados Unidos, Canadá e México). Durante as primárias, Obama chegou a dizer que o acordo precisava ser revisto, porque ele estaria tendo um impacto negativo para a economia americana. McCain também manifestou forte apoio à proposta de estabelecer um tratado de livre comércio com a Colômbia, medida defendida pelo presidente George W. Bush que acabou sendo derrubada pelo Congresso, liderado pelos democratas. Obama é contrário ao acordo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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