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Obama promete reforma no orçamento dos EUA

Presidente eleito diz que mudar plano de gastos é 'necessidade, e não opção'.

Por Bruno Accorsi
Atualização:

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que reformar o orçamento do país "é uma necessidade, e não uma opção". Em uma nova entrevista coletiva em Chicago, Obama anunciou mais dois integrantes de sua futura administração, que assumirá o poder em 20 de janeiro de 2009. "Não podemos manter um sistema que desperdiça bilhões de dólares dos contribuintes em programas que perderam a sua razão de ser ou que existem somente graças ao poder de um político, lobista ou grupo de interesses", afirmou. O futuro presidente americano disse que os dois novos nomes indicados - Peter Orszag, que será o responsável pelo orçamento na Casa Branca, e Rob Nabors, que será vice-diretor do Departamento de Administração e Orçamento - terão entre suas missões "dar continuidade a investimentos orientados pelo que for prioridade nacional, e não por política". "Estudaremos o orçamento federal página por página, linha por linha, eliminando os programas que não necessitamos e assegurando que aqueles que mantivermos vão operar com o menor custo possível", acrescentou Obama. Pacotes De acordo com o presidente eleito, o orçamento a ser adotado por sua administração refletirá um governo que não será nem grande nem pequeno, mas sim "um governo mais inteligente, que se concentra naquilo que funciona". Obama também fez comentários sobre o pacote de estímulo econômico que está sendo elaborado por ele e por integrantes de sua administração, mas não revelou detalhes sobre os prováveis custos do pacote. "Uma das preocupações que as pessoas têm é de que nós temos esse grande pacote de estímulo econômico que o novo presidente está propondo e do qual membros do Congresso estão falando a respeito", disse o democrata. "Isso vai ser mais do mesmo, no que diz respeito a gastos em Washington? E a resposta, eu quero ser muito claro sobre isso, é não", afirmou. "Vamos ter que agir rápido em relação à economia, e há consenso de que isso exige um plano ousado para garantir os investimentos do futuro, mas temos que garantir que esses investimentos são sensatos, para que não gastemos dinheiro em todas as áreas", acrescentou. Pouco antes das novas indicações e declarações de Obama, o atual secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, anunciou um novo pacote de estímulo econômico de US$ 800 bilhões. Deste valor, US$ 600 bilhões devem ser usados para comprar dívidas relacionadas a hipotecas, em uma tentativa de incentivar o aumento da oferta de liquidez no mercado imobiliário. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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