Obras no Canal do Cunha-RJ começam em janeiro, diz Minc

A execução de projeto custará R$ 185 milhões e será custeada integralmente pela Petrobras

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Por Fabiana Cimieri
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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou nesta segunda-feira, 22, que as obras de desassoreamento do Canal do Cunha, que fica às margens da Linha Vermelha, na altura da Ilha do Fundão e do Complexo da Maré, no Rio, começarão em janeiro e devem ser concluídas dentro de dois anos. A execução de projeto, que custará R$ 185 milhões e será custeada integralmente pela Petrobras, prevê a retirada de 4,5 metros de lodo contaminado com metais pesados numa extensão 6,5 quilômetros de extensão. "(O Canal do Cunha) é o anti-cartão postal do Rio. Dizem que perdemos as Olimpíadas de 2004 logo na chegada da comissão julgadora, que ficou mal impressionada com todo aquele lodo", disse Minc. Quem passa pela Linha Vermelha, via de acesso obrigatória para quem chega pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, inevitavelmente sente o mau cheiro oriundo dos dejetos domésticos e industriais depositados ao longo dos anos no canal. "É o maior passivo ambiental da Baía de Guanabara", afirmou o ministro, que lembrou que o projeto finalmente irá sair do papel, depois de 12 anos. "Demorou tanto por causa dos custos e também porque havia o dilema do que fazer com os dejetos", explicou Minc. A obra está sendo feita com o apoio unânime do Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que concordou em receber os dejetos. O contrato com a Queiroz Galvão, construtora que venceu a licitação, foi assinado ontem. A Petrobras já investiu R$ 2,2 milhões para contratar a empresa, que elaborou os projetos de impacto ambiental e viabilidade técnica. Foram colhidas amostras em 107 pontos dos canais do Cunha e do Fundão. O resultado foi de que, em mais da metade dessa área, o nível de contaminação por metais pesados - mercúrio, chumbo, zinco, Cromo, Níquel, Bário e Antimônio - está acima do permitido pela legislação.

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