15 de fevereiro de 2015 | 12h30
Brett, 28, carrega a mesma bíblia de bolso desgastada que carregava quando enviado ao Iraque em 2006 - uma imagem da Virgem Maria dobrada dentro de suas páginas e seus versos favoritos destacados.
"É muito diferente", disse ele, perguntando sobre como as experiências se comparam.
"Aqui estou lutando por um povo e por uma fé, e o inimigo é muito maior e mais brutal."
Milhares de estrangeiros têm ido ao Iraque e Síria nos últimos dois anos, a maioria para se juntar ao Estado Islâmico, mas alguns ocidentais idealistas também estão se alistando, citando a frustração de que seus governos não estão fazendo mais para combater os Islamistas ultra-radicais ou prevenir o sofrimento de inocentes.
A milícia a qual eles aderiram se chama Dwekh Nawsha - que significa auto sacrifício em aramaico, idioma antigo de Cristo e ainda usado por cristãos assírios, que se consideram o povo indígena do Iraque.
Um mapa na parede do escritório do partido político Assírio afiliado com a Dwekh Nawsha marca as cidades cristãs ao norte do Iraque, desdobrando-se ao redor da cidade de Mosul.
A maioria está agora sob controle do Estado Islâmico, que conquistou Mosul no verão passado e lançou um ultimato aos cristãos: paguem impostos, convertam-se ao Islã, ou morram pela espada. A maioria deixou o país.
Brett, que como outros voluntários estrangeiros não revelou seu sobrenome preocupado com a segurança de sua família, é o único que efetivamente participa do combate até agora.
Outros, que chegaram apenas na semana passada, foram recusados na linha de frente na sexta-feira pelo serviço de segurança do Curdistão, que disse que eles precisavam de autorização oficial.
(Por Isabel Coles)
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