PUBLICIDADE

OEA mostra preocupação com corrida armamentista na região

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, se disse preocupado nesta quarta-feira com a corrida armamentista de vários países na América Latina e o impacto para a paz e a segurança regional. O diplomata chileno apoiou uma iniciativa do Peru para discutir o assunto na próxima assembleia da entidade. "É um tema que preocupa alguns, principalmente o governo do Peru, que o colocou como tema da próxima assembleia e espero que o analisemos com objetividade, como podemos melhorar primeiro a transparência na compra de armas, a clareza quanto o volume do gasto militar e as regras relativas à confiança mútua", disse Insulza. O secretário da OEA, que participa do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, informou que alguns países disfarçam os gastos militares e outros o escondem completamente. Na América Latina, principalmente na América do Sul, vários países iniciaram compras de armas com o argumento de modernizar seus equipamentos militares e preparar-se para a defesa da soberania. A Venezuela comprou armas da Rússia que incluem rifles, sistemas de defesa aérea, tanques, aviões e helicópteros de combate, em negócios que podem chegar a 5 bilhões de dólares. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, justificou as compras de armas com a necessidade de defender a soberania de seu país ante um aumento planejado das forças militares dos Estados Unidos na Colômbia. O Brasil está num processo de escolha para a compra de 36aviões de combate, enquanto que Equador e Chile também fortaleceram sua frota aérea recentemente e a Bolívia admitiu planos de adquirir aviões e helicópteros franceses e russos. O Peru comprará tanques de guerra da China, enquanto que o Chile anunciou sua intenção de adquirir mísseis e radares dos EUA por 650 milhões de dólares. A Colômbia criticou a corrida armamentista embora tenha aumentado nos últimos anos seu efetivo militar e a compra de armas. (Reportagem de Luis Jaime Acosta)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.