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OMC promete análise de sua resposta ao Ebola, mas não comenta falha em relatório

Por TOM MILES
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMC) prometeu neste sábado que publicaria uma revisão completa sobre sua ação em relação à crise de Ebola uma vez que o surto esteja sob controle, em resposta ao documento vazado em que parece reconhecer não ter feito o suficiente. Em comunicado, a OMC disse que não comentaria um documento interno citado em matéria da Associated Press de sexta-feira, dizendo ser um primeiro rascunho que não foi checado e que era "parte de uma análise em andamento sobre nossa resposta". "Não podemos desviar nossos recursos limitados de resposta urgente para fazer uma análise detalhada da resposta feita. Essa revisão virá, mas somente após o fim do surto", disse a organização. A OMC tem sido amplamente criticada por sua resposta lenta à epidemia e suas primeiras garantias, apesar dos repetidos avisos públicos da organização Médicos Sem Fronteiras, que estava liderando a luta contra o vírus. O Ebola matou pelo menos 4.546 pessoas na Libéria, Serra Leoa e Guiné, disse a OMC na sexta-feira. No entanto, com pelo menos metade dos casos não reportados e uma taxa de mortalidade de 70 por cento, pelas estimativas da OMC, o número real é de provavelmente mais de 12 mil pessoas. Não há sinal de desaceleração do surto, que foi confirmado pela primeira vez em março, mas não declarado como emergência pública internacional pela OMC até pelo menos 8 de agosto. A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, defendeu sua ação na epidemia. O documento interno citado pela AP, porém, diz que especialistas deveriam ter percebido que os métodos tradicionais de contenção não funcionariam em uma região com fronteiras porosas e sistemas de saúde quebrados. "Quase todo mundo envolvido na resposta ao surto falhou em ver uma escrita relativamente simples na parede", diz o documento.

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